Os alimentos que o homem ingere proporcionam substâncias necessárias para a manutenção do metabolismo orgânico e fornecem nutrientes para as atividades musculares, sendo indispensáveis ao desenvolvimento físico e mental.
A absorção das substâncias alimentícias pelo organismo ocorre após sua transformação em constituintes mais simples e solúveis. Isso se dá por meio de processos mecânicos e químicos denominados digestão, nos quais existe a interferência de mecanismos nervosos e hormonais. O processo mecânico da digestão inclui a mastigação, deglutição e os movimentos musculares do estômago e do intestino.
Metafisicamente, a digestão está relacionada à razão e ao processo usado pelo racional para "digerir" o que vem de fora, ou seja, a forma com que lidamos com as situações concretas do mundo físico.
Sua relação com a mente consciente está na aceitação e na digestão das impressões materiais do mundo, bem como na maneira como suportamos ou não essas impressões. Somos nós que determinamos se uma digestão será boa ou má. Aqueles que suportam com maior facilidade as coisas que acontecem em sua vida proporcionarão a si uma digestão fácil e certamente saudável. Em resumo, o alimento que penetra no interior do corpo sofrerá a ação do mesmo modo que a pessoa aceita os fatos externos. Quanto mais complicada e demorada essa aceitação, pior será sua digestão.
Todos sabemos que os problemas diários exercem influência direta no apetite, podendo causar tanto a perda deste (o que representa a não aceitação desses problemas), quanto seu aumento, o que significa sufocar-se para não "estourar", caracterizando o popular "virar a mesa", numa forma de expressar que os limites psíquicos de aceitação foram ultrapassados por aquela situação. Esses limites estão diretamente relacionados ao processo digestivo.
Algumas pessoas, ao se julgarem fracas por não agüentar processos difíceis do cotidiano, terminam por alimentar-se mal, privando o organismo de vitaminas e proteínas necessárias para a manutenção de um corpo forte e saudável. Com o corpo fraco, fica expressa a fragilidade psíquica para enfrentar seus processos.
A alimentação pode interferir também no emocional do ser humano. Para alguém que se encontra em depressão ou angustiado (sentimentos considerados frios), a ingestão de sopa ou chocolate quente ajudará a suavizar esse processo. No caso de agitação e/ou nervosismo (considerados sentimentos quentes), recomenda-se a ingestão de alimentos frios.
Um fato curioso a ser considerado na digestão refere-se ao estreito vínculo entre a personalidade do indivíduo e sua preferência ou recusa por determinados alimentos. Encontramos nos hábitos diários a expressão da personalidade, sendo a alimentação um hábito corriqueiro que revela importantes características da pessoa.
Você já se indagou a razão de sua preferência ou não por determinados alimentos? Visto que nada é por acaso, sempre há uma ligação com a postura interior, o que leva ao estabelecimento da afinidade ou recusa por algum sabor.
Doce simboliza o amor. O apetite exagerado por doces revela a personalidade de alguém que esteja faminto de amor e não está sendo saciado adequadamente. Essa necessidade interior faz surgir o desejo constante de ingerir doces. Esta é uma condição muito comum nas crianças carentes, que exigem uma dose maior de carinho e atenção, revelando a necessidade de serem amadas. Não raro essa situação ocorre com os adultos, revelando a falta de amor por si, ao passo que a total aversão por doces representa não-aprovação. São pessoas que odeiam ou que foram muito machucadas nas relações afetivas e se fecham completamente para o amor.
O gosto por comidas com dose acentuada de sal revela tendências freqüentes e conflitos internos. O sal é o oposto do doce, revelando o comportamento nas pessoas que têm facilidade de se isolar do mundo e das pessoas. Costumam ser sós e têm dificuldade de se relacionar afetivamente com alguém. Sua dificuldade baseia-se em dar e receber amor.
Uma vez que a fuga dos conflitos emocionais através da ação exagerada demonstra uma falta de habilidade em lidar com as emoções, o gosto pelo sal é a raiz dos problemas de pressão alta, o que revela uma perfeita associação com esse padrão de comportamento. A condição de ser muito racional e pensar demais nas situações sociais e financeiras, distanciando-se dos sentimentos, desperta o desejo de comidas salgadas e bem condimentadas.
Preferência por alimentos em conservas e defumados revela personalidade conservadora e moralista.
As pessoas que apreciam comidas bem temperadas e principalmente apimentadas são arrojadas, gostam de desafios, estão sempre em busca de novos estímulos.
A opção pelo uso de comida sem tempero e sem sal reduz os estímulos das glândulas salivares e as pessoas que fazem opção por dietas espontâneas, com alimentos assim, demonstram o desejo de se pouparem de todas as novas impressões. Esse tipo de alimentação é comum em hospitais e produzem resultados positivos aos pacientes, porque, além de outras razoes, poupa os enfermos de fortes estímulos, favorecendo a recuperação. A opção pessoal por esse tipo de alimentação retrata o medo de lidar com os desafios da vida, temendo qualquer confrontação.
As dietas líquidas que são indicadas para quem sofre de problemas estomacais produzem um estado de despreocupação pela situação. Essa condição é característica da criança, que não tem nenhuma obrigação de decidir-se por nada. A preocupação excessiva é um dos fatores que causam os problemas estomacais. As dietas líquidas atenuam esse estado.
A opção por alimentos duros de mastigar revela muita agressividade por parte da pessoa, ou ela considera a vida "difícil e dura de engolir".
Outra preferência interessante de ser observada é comer molho vermelho com pão. O pão provém do trigo. Este simboliza a fertilidade, e a cor vermelha do molho representa vitalidade. Assim sendo, essa preferência demonstra o desejo de desenvolver vitalidade interior.
A preferência por castanhas, que são o cerne de algumas sementes, retrata a personalidade das pessoas que querem chegar ao âmago das situações e com isso vivem arrumando problemas.
Esses exemplos facilitam sua descoberta para aquilo de que gosta ou tem aversão. Agora é a sua vez de analisar suas preferências alimentares.
Metafísica da Saúde Vol. 1
E quem gosta muito de carne, tem alguma explicação?
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