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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

A importância da febre para a criança



Febre – ou hipertermia – é o aumento da temperatura do corpo, acima da média considerada normal que varia entre 36°C e 37, 8°C dependendo se a medição for feita no reto, oral ou axilar. Abaixo de 36 graus temos uma hipotermia.
São núcleos localizados no hipotálamo, no nosso cérebro, os responsáveis pela conservação da nossa temperatura corporal através de ajuste entre os mecanismos de geração e conservação de calor de um lado e de dissipação do calor e redução da temperatura corporal de outro.
Fisiologicamente o organismo usa os seguintes mecanismos para aumentar e manter a temperatura:
  • Trabalho muscular;
  • Tremores;
  • Diminuição do calibre dos vasos sanguíneos;
  • Preferência pelo calor;
Assim como temos mecanismos para diminuir a temperatura:
  • Aumento do calibre dos vasos sanguíneos;
  • Preferência pelo frio;
  • Sudorese

Causas

Até mesmo exercícios prolongados podem provocar um aumento da temperatura, também a exposição exagerada ao sol, chamada Insolação ou Intermação. Mas na grande maioria dos casos, nas crianças, as febres são causadas por vírus, ou seja, são uma reação do organismo a agentes estranhos ao nosso corpo, vulgarmente chamados de germes e micróbios.
Então a febre não é uma doença como muitos a tratam, mas o sinal de que o organismo está atuando com suas defesas em favor do todo.
É cientificamente comprovado o fato de que a maioria dos vírus não consegue se multiplicar em temperaturas elevadas e assim o combate sem critérios às febres acaba por estender por longo tempo um estado que só deveria ocorrer por poucos dias. Algumas bactérias também são destruídas por temperaturas mais elevadas.

A febre na visão da medicina ampliada pela antroposofia

O calor é o portador do EU, e o nosso EU só se liga ao corpo físico no decorrer do desenvolvimento.
Quando nascemos temos um corpo que foi plasmado pela mãe e no transcorrer, principalmente dos primeiros sete anos de vida, devemos transformar esse corpo em substância própria, individual. As febres infantis seriam momentos em que o EU tenta penetrar mais intensamente no organismo causando “crises”.
Desse modo poderíamos encarar cada episódio febril como um rejuvenescimento onde o velho corpo herdado seria substituído por um novo mais adequado àquela individualidade.
Sendo um dos primeiros sinais de combate a uma infecção, a natureza produz febre para capacitar o organismo a se fortalecer. Cada êxito que o organismo tem em neutralizar uma bactéria, ou vírus, torna-o mais competente para combater as próximas infecções. Assim quanto mais se impede a ação natural da febre, mais ocorre a probabilidade da criança se reinfectar novamente, situação bastante comum pela constante ação contrária à febre. Por exemplo, com o comum uso de medicamentos para abaixar a febre. Além de que ir contra a febre predispõe o sistema de defesa do organismo (sistema imunológico), a ficar confuso frente às situações comuns facilitando alguns distúrbios. É o caso das alergias que são uma resposta exagerada frente a um estímulo. Ou o freqüente achado clínico de hipotermia em pacientes com câncer.

Quando procurar um médico?

Como dissemos cada estado febril é uma crise e nós passamos por vários momentos de crise durante nosso desenvolvimento físico e espiritual, mas toda crise envolve riscos e o ideal é que ela seja observada com carinho e atenção não permitindo que ultrapasse certos limites que cada ser apresenta.
Na avaliação da criança febril os pais precisam de um mínimo de segurança e tranqüilidade no julgamento de seu estado. Segurança é fruto do conhecimento e da experiência. Quando falta segurança vem o medo que a criança percebe e imita. Sempre que houver insegurança ou dúvida, deve-se procurar o médico de imediato.
Sugestão prática na avaliação da febre:
  • Lactentes (bebês de peito): em caso de febre sempre procurar o médico;
  • Febre maior que 39º, e que dure mais que 72 h;
  • Febre que reaparece após um período sem febre de mais de 24 hs;
  • Abatimento acentuado e “gemência”, mesmo após controle da temperatura;
  • Surgimento de outros sinais: lesões na pele, diarréia, dor de garganta, vômitos contínuos, dor de cabeça, etc..

Como manejar

  • A febre tem um caminho natural, indo da cabeça em direção aos pés. Constatando a febre, ponha a mão nos pés. Se estiverem frios significa que ela está caminhando e não completou o seu trajeto. Então, toda criança com febre deve ser agasalhada. Quando se tem um suadouro após uma febre, significa que ela realizou o seu trabalho naquele momento;
  • Os banhos são a melhor forma de controlar a temperatura;
  • Nunca usar água fria ou álcool, pois podem causar uma queda brusca da temperatura e conseqüentemente hipotermia;
  • Banho de imersão nos menores, ou escalda-pés nos maiores, com limão. A água deve estar um pouco abaixo da temperatura da criança (tépida). Cortar e espremer um limão dentro da água (abaixo da linha d’água). Deixar por 10 minutos. Se necessário, repetir.
  • Rodelas de limão na sola dos pés. Corta-se o limão em rodelas e coloque uma a uma em fila na sola dos pés subindo até a “batata” da perna. Prender com uma faixa ou meia grossa. OBS.: os pés devem estar aquecidos no uso do limão, se não estiverem, aqueça-os antes friccionando-os;
  • Chá de flores de Sabugueiro para estimular a sudorese. Líquidos à vontade para eliminação das toxinas, em forma de sucos de frutas, chás e água;
  • Dieta leve sem óleo ou frituras, evitando carnes, ovos, leite, leguminosas, enquanto durar a febre. Respeitar a falta de apetite da criança: se forçar a alimentação provoca-se náuseas e vômitos.

Convulsão febril

Eis um grande fantasma para a maior parte dos pais e responsáveis das crianças.
A convulsão febril ocorre em crianças de 6 meses a 5 anos de idade. Não é a temperatura muito alta quem desencadeia a convulsão, mas a rapidez com que ocorre a variação de temperatura. Quedas bruscas de temperatura também são causa de convulsão como nos banhos de água fria ou com álcool. A convulsão febril apesar de assustadora para os pais, não deixa seqüelas. Muitas vezes é confundida com tremores que na verdade são somente um mecanismo fisiológico de aumentar a temperatura como dito anteriormente.

Prevenção

O natural é que a criança tenha alguns episódios febris durante seu desenvolvimento, mesmo na visão alopática, o que mostraria um desenvolvimento do sistema imunológico.
E na visão antroposófica, esses episódios seriam aproveitados na transformação de um corpo próprio.
Mas podemos atuar preventivamente para que essas crises sejam ultrapassadas tranqüilamente, sem intercorrências, resultando unicamente em benefícios para a criança. E a principal medida é alimentar:
  • Uma alimentação correta, sadia para cada fase da vida é a melhor medida preventiva de qualquer doença.
  • Preservação do ritmo sono-vigília. Uma criança necessita de pelo menos dez horas de sono para manter-se saudável.
  • Uma outra medida preventiva é a manutenção do equilíbrio do nosso corpo calórico, cuidar para que as crianças tenham suas extremidades sempre aquecidas.
Com esses pequenos cuidados, tão simples, damos às crianças a oportunidade de se desenvolverem bem e terem um futuro bem mais saudável.

Dra. Zélia Beatriz Ligório Fonseca

Papéis invertidos: Mulheres com energia masculina e homens com energia feminina




É estranho, mas é bem isso que está acontecendo! Na medida em que as mulheres conquistaram seu espaço na sociedade e incorporaram em suas vidas cada vez mais e mais atribuições, foram pegando para si o papel do masculino e estão se tornando O GUERREIRO na relação com a vida. Vão à luta, conquistam o mundo e sobrevivem a tudo. Parece até que estão numa guerra. E, de fato estão. Sobrevivem às emoções, aos fracassos, às crises, à depressão, ao vazio, à falta de apoio e sentido na vida, à solidão. O preço é bem alto: a conta dos remédios cresce, as visitas aos consultórios terapêuticos e psiquiátricos, as doenças, as dores do corpo que não tinham antes…
E o que é pior: o tempo perdido que não volta mais! Ah, aquele doce tempo de sonhar, fazer planos, querer um parceiro, um marido, alguém para dividir a vida. Sabe que muitas mulheres deixaram até de sonhar com isso? Parece algo tão distante, tão irreal diante de relacionamentos cada vez mais superficiais e vazios, que elas agora querem admitir que talvez não seja mais viável mesmo.
E nesse ciclo de criar e recriar suas feridas emocionais, vão decretando para si mesmas os velhos postulados de findar sozinha, envelhecer e repetir o que sempre fizeram. Excursões e viagens sozinhas já é algo normal. Ir a festas e eventos e sair sozinhas, também. Afinal, precisam de um homem para que mesmo? Mas como esse padrão de comportamento foi construído ao longo de várias vidas? Como interromper esse ciclo vicioso e tornar a vida um novo ciclo virtuoso? Será possível? Abrindo-se para liberar o conteúdo armazenado no inconsciente é um bom começo.
Por outro lado, os homens perderam seu espaço na relação com o mundo e estão igualmente perdidos e sem poder. O poder real, yang, forte, equilibrado, vibrante. Não essa coisa banal e desequilibrada de conquistar muitas mulheres a cada dia, de lutas e competições vazias e fazendo parte de um jogo sem sentido, de disputas tolas que não levam a nada. Perdeu-se a capacidade da conquista real, de um relacionamento intenso, de ser vitorioso de verdade por conquistar a mesma mulher a cada dia, mesmo diante dos altos e baixos e percalços da vida a dois. De conquistar seu lugar no mundo profissional por seus atributos, de ter contato com a linhagem ancestral e a se colocar nessa hierarquia de tal forma que consiga passar para os filhos os valores e a herança de valores humanos há muito perdidos ao longo das guerras e domínios históricos.
E quando um toma o papel do outro o que acontece na relação? Cada um se acomoda naquilo que é mais fácil, naquilo que o outro permite e impõe. Os homens se acomodam, as mulheres assumem mais e mais tarefas, se sobrecarregam e depois reclamam da omissão e falta de apoio.
Como é difícil para algumas descansarem no seu feminino, pedirem ajuda, entrarem em contato com a fragilidade e delicadeza. Parece até que tudo isso é sinônimo de fraqueza e submissão. Mas está distorcido, pois o feminino suave e doce tem uma beleza e poder sem igual. É muito poderoso quando uma mulher se apropria disso, de conquistar as coisas na vida a partir dessa energia feminina equilibrada, que a coloca em contato com a força intuitiva, da criatividade, abundância, fluidez e magia.
Mas muitas mulheres endureceram e perderam essa capacidade. Secaram o útero, mas antes, tiveram que secar as lágrimas. Muitas até nem choram mais. Triste, pois lágrima que corre tem um significado profundo de liberação e de deixar ir aquilo que não se quer mais.
Houve mudança também no corpo. Perderam as formas e, encouraçadas, colocaram na cintura e barriga uma super camada de proteção de gordura. Outras estão no outro extremo e modelaram corpos masculinos para si, de tão identificadas que estão com a energia masculina. É luta mesmo e puxam ferro pra valer!
No passado, os homens forjavam as espadas malhando o ferro; hoje muitas mulheres malham o ferro e se tornam verdadeiras armas de combate com os homens para ver quem pode mais.
Por outro lado, os homens também fazem isso, buscam um corpo forte, que mais parece uma armadura, mas que esconde uma fragilidade que não tem tamanho. Outros estão de fato, bem identificados com o feminino e estão encerrados em corpos franzinos, muito delicados, buscando outros homens para se relacionar. Buscam na verdade o seu masculino perdido.
É meio louco tudo isso, bem neurótico. As pessoas dizem que querem uma coisa, um relacionamento vivo, real, intenso, mas estão criando exatamente o contrário disso. Desencontros e mais desencontros, sob o pretexto de ter perdido o “time”. E perderam mesmo, e perderão outros e outros tempos se não despertarem para o AGORA, para a necessidade de mudar o padrão, de fazerem escolhas mais conscientes e começarem a pensar, falar e agir diferente.
UM CONVITE ÀS MULHERES: descansem no seu feminino, usem a magia da sedução para outro nível de conquista, coloquem seu poder pessoal à disposição de algo maior na sua vida, pois estão aqui para isso, para ajudar a recriar esse belo planeta e nos colocar em contato com outras vibrações mais elevadas.
UM CONVITE AOS HOMENS: peguem seu bastão de poder de volta, reassumam seu espaço na vida e se abram para novas possibilidades de manifestação desse poder. Sua força está aí, naquilo que tem a ver com a energia masculina equilibrada de servir, de prover, de agir. Como é belo ver um homem agindo com segurança e força – o verdadeiro Guerreiro!
UM CONVITE AOS DOIS: se abram para o amor, para o convívio, para a intimidade, para a partilha. Conseguirão isso retirando as máscaras da auto-suficiência, se permitindo sentir, falar, dialogar, contar um ao outro seu ponto fraco, aquilo que dói, onde está sua ferida. O cuidado vem depois disso, de um saber e querer cuidar de si e do outro. Ser verdadeiro consigo é porta para ser verdadeiro com o outro. Amar-se e respeitar-se profundamente são condições para amar e respeitar o outro.
E assim, a verdadeira alquimia acontece. O relacionamento em níveis mais e mais profundos, cada um no seu espaço de poder, com sua força. Dois inteiros convivendo lado-a-lado, sem co-dependência, sem bengalas, sem ataques, sem fuga nem medo. Pura entrega, fluidez, encontro, intensidade.
Estão preparados para isso? Podem começar a criar essa realidade neste exato momento. Quem quer mudar, começa AGORA. Não existe isso de um dia quem sabe, ou aquela infindável listinha de quando isso acontecer, depois que eu me formar, trabalhar em tal lugar, conquistar isso e depois aquilo. Essa lista não acaba nunca. É apenas pretexto para quem não quer a mudança. Mude hoje, agora, enquanto lê e sente o seu coração vibrar.

Valéria Bastos

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

QUEM AMA NÃO ADOECE




Muito se tem estudado nos dias de hoje a respeito dos efeitos do amor na nossa saúde e nas nossas vidas de uma forma geral.

Podemos afirmar que indivíduos que não foram amados adequadamente, na maioria das vezes não conseguem amar com desprendimento, tornando-se assim pessoas infelizes.

O adoecimento do corpo serve para dar vazão a esse sofrimento produzido muitas vezes pela falta de amor.

A prática do amor gera saúde, quem ama a si mesmo e aos outros, quem deseja o bem ao seu próximo, quem pratica a caridade aos mais necessitados, vive mais e com muito mais saúde, disposição e harmonia.

Para não adoecermos é necessário aprendermos a lidar com as nossas emoções e as nossas imperfeições, afinal de contas somos humanos e estamos em processo evolutivo.

É necessário estar sempre atento as nossas ações, cultivar bons hábitos, falar dos seus sentimentos, sem medo, sem julgamento, cuidar da saúde física, ler bons livros, perdoar a si mesmo e aos outros através da prática da compreensão.

Dê sentido a sua vida, trace metas possíveis de serem alcançadas, seja bom, seja útil, onde quer que você esteja.

Aceite-se como você é, seja você mesmo, trabalhe suas imperfeições, seus instintos agressivos e o seu lado egocêntrico, pratique o exercício da empatia, agindo assim poderá compreender melhor o sofrimento alheio.

Liberte-se da opinião dos outros, esteja em paz com sua consciência, faça tudo com muito amor.

Viva com simplicidade, complicamos demais a vida, vivemos num mundo de ilusões materiais, onde o “ter” é mais importante que o “ser”.

Contribua para o bem estar das pessoas, encare as dificuldades com confiança e fé, transforme problemas e oportunidades.

Seja grato por tudo o que Deus tem proporcionado na sua vida, busque Deus em tudo, agindo assim encontrará paz interior e não haverá espaço para as doenças da alma.

É com uma atitude de amor para com o próximo e a si mesmo que teremos a saúde da alma, do corpo e do espírito.

(Adriana Lobo)

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Saúde: Uma conquista interior






Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde não é simplesmente ausência de doença, mas: “o estado de completo bem-estar físico, mental e social”.

Essa definição parece utópica, pois dificilmente uma pessoa consegue estar bem em todas as áreas ao mesmo tempo. No entanto, esse conceituado órgão contempla em sua definição não apenas a saúde física, mas também o estilo de vida e as condições internas do indivíduo. Portanto, a saúde é resultante do estado “bio-psico-sócio-emocional”.

Geralmente os cuidados com o corpo são amplamente divulgados, mas as condições emocionais não são abordadas. Quando a pessoa adoece, imediatamente procura um médico, toma os remédios e segue as orientações clínicas. Esse procedimento é correto, no entanto, não contempla o contexto de vida em que a pessoa se encontra para que sua saúde esteja comprometida; bem como os conflitos emocionais existentes na ocasião do adoecimento.

Os remédios tratam o corpo, mas é preciso também mudar as atitudes e promover a boa relação com os episódios da vida; ficar em paz consigo mesmo e com as ocorrências exteriores.

A Metafísica da Saúde é um estudo que identifica as condições internas relacionadas a cada doença que afeta o organismo, melhor dizendo, os conflitos emocionais que o doente cultiva ao longo da sua existência. Num determinado momento em que são reunidos alguns fatores nocivos ao corpo, surgem as doenças.

À medida que a pessoa toma consciência desse estado interior conflituoso que a levou a adoecer, ela passa a fazer certas alterações na sua conduta e, principalmente, estabilizar os sentimentos, o que favorece a ação dos medicamentos, minimiza os sintomas físicos e promove a saúde.

Assim sendo, a pessoa poderá participar de sua própria cura, saindo da condição de passiva à ação do medicamento e tornar-se ativa nas reformulações interiores. Muitos esperam passivamente que os remédios façam efeito, nesse caso, os resultados poderão ser lentos e prolongados; mas aqueles que, paralelamente ao tratamento clínico, fizerem as mudanças interiores, obterão resultados mais breves e satisfatórios.

Os remédios cuidam do corpo, mas a pessoa precisa fazer alguns questionamentos acerca do que ela está fazendo consigo mesma e procurar estabilizar as suas emoções. É cômodo ir ao médico, seguir as instruções clínicas e tomar os remédios, mas a saúde, conforme mencionado anteriormente, é um conjunto de fatores.

Não basta cuidar do corpo, é preciso rever os pensamentos, reformular algumas condutas e harmonizar as emoções. Essas ações conjuntas promovem a saúde física e melhoram a qualidade de vida.

Quando a pessoa está bem interiormente, tudo a sua volta torna-se fácil de resolver, ela tem energia e disposição para enfrentar as adversidades, mas se ela estiver emocionalmente abalada, não conseguirá bons resultados nas suas ações exteriores; o desgaste será maior, seu empenho torna-se infrutífero, compromete o encanto pela vida e perde o sabor das experiências.

Para ser saudável é necessário respeitar a sua natureza íntima, ser o maior aliado de si mesmo, fazer o que for necessário para não se agredir, tampouco ficar remoendo os acontecimentos, cultivando mágoas e revoltando-se com o curso da sua existência. Ter bons pensamentos e nutrir bons sentimentos colabora para promover saúde e bem-estar.

As causas emocionais das doenças encontram-se amplamente divulgadas nas obras de Metafísica da Saúde (Editora Vida e Consciência), ao todo são 4 volumes.

Valcapelli

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

VÍCIO EM COMPROMISSO E A NECESSIDADE DE AMAR

Entenda porque algumas pessoas são dependentes de relacionamentos




Do mesmo modo como existem pessoas que permanecem sozinhas quase a maior parte do tempo - por opção ou porque seus relacionamentos amorosos não funcionam - há aquelas que simplesmente "engatam" um relacionamento no outro. Por fora, estas pessoas podem passar a imagem de que são "irresistíveis", como se houvesse uma fila de pretendentes apenas esperando por uma oportunidade de ficar com elas. Porém, permanecer constantemente em relacionamentos, sem dar espaço para uma saudável solteirice, pode indicar um problema emocional importante.
Afinal, o que faz uma pessoa sair de um relacionamento e já entrar em outro, repetindo este movimento várias vezes, ao longo de anos? Vale reforçar que não estou falando de momentos únicos na nossa vida, quando encontramos um grande amor e abandonamos um relacionamento morno para viver uma realidade mais interessante. Refiro-me a uma pessoa que prefere estar acompanhada - não importa de quem - a permanecer (qualquer que seja o tempo) sozinha.
Mesmo que esta pessoa diga que faz isso por "não desistir do amor" ou porque encontrou pessoas cada vez melhores, o lógico é aceitar que esse alguém não está sabendo escolher seus parceiros ou apenas busca algo ao ficar com eles, o que obviamente nunca encontra.
Acredito que existam algumas questões emocionais que levam ao vício em compromisso. Veja abaixo.

1 - MEDO DA SOLIDÃO

Quem não suporta ficar consigo mesmo ou acredita que estar sozinho é o mesmo que ser um "fracassado", com certeza irá se relacionar constantemente. Nesse caso, o intuito é não correr o risco de "ficar por baixo", ser julgado, ou ainda ter que encarar a si mesmo. Afinal, quando estamos sós, precisamos nos relacionar conosco e, se não nos amamos, esta situação pode gerar grande ansiedade e angústia.

2 - NECESSIDADE DE AUTOAFIRMAÇÃO

Outras pessoas não passam muito tempo solteiras, pois gostam da sensação de poder gerada pela conquista de um novo relacionamento. Além disso, ao construírem uma imagem de pessoas muito desejadas, se sentem mais capazes de realizarem aquilo que almejam em outras áreas da vida, tal como a profissional.

3 - DIFICULDADE EM SE COMPROMETER DE VERDADE

Em outros casos, temos indivíduos que simplesmente sabotam o relacionamento quando o vínculo começa a ficar mais profundo, por medo de realmente se comprometer. Porém, como isso também gera culpa, logo essas pessoas tentam novamente outra relação, sem perceber a repetição do padrão comportamental - o que as libertaria do círculo vicioso.

4 - MEDO DE SER REJEITADO OU ABANDONADO

Parecido com o caso anterior, a pessoa, para não ter que passar pela situação de ser rejeitada, traída ou abandonada, prefere "sair por cima" antes. Isso faz com que ela escolha um parceiro melhor que o anterior e assim por diante. Nesse caso, o objetivo é transmitir a ideia de que são os outros que não a merecem, apesar de no fundo ela se sentir inferior a eles.

5 - MEDO DE AMAR

Aqueles, por outro lado, que sempre sofreram na vida, não acreditam que seja possível amar de verdade e ser feliz com alguém. Portanto, tão logo seu parceiro erre ou mostre qualquer característica negativa, já abandonam o relacionamento, com a justificativa de que não querem perder mais tempo.

6 - MEDO DE SE SENTIR APRISIONADO

Por fim, temos que citar os que acreditam que a "grama é sempre mais verde do outro lado". Essas pessoas, apesar de estarem em bons relacionamentos, nunca dão chance a eles de evoluírem, por terem medo de escolher errado ou ainda por achar que terão sua individualidade tomada na relação. Assim, toda vez que alguém aparentemente mais interessante aparece, abrem mão do relacionamento atual e embarcam numa nova aventura. Desse modo, pensam que estão aproveitando mais a vida e que, portanto, terão menos arrependimentos.
Se você se encontra em qualquer uma dessas categorias, saiba que, no fundo, o problema é a falta de amor por si mesmo. Afinal, se estamos em paz e nos aceitamos, nenhum desses medos nos aprisiona ou manipula. Nós apenas sabemos o que queremos. Fora que se alguém de fato especial aparece, nós nos dedicamos, com fé no futuro e sem preocupações infundadas. Por isso, dê a você uma chance de ser feliz!
Se acabou de terminar um relacionamento, respire fundo, se dê umas férias e aproveite para se conhecer mais. Ou seja, namore mais você mesmo. Desse modo, não precisará se relacionar com tantos outros.


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

OBESIDADE

Necessidade de sentir-se acolhido.






 No âmbito metafísico, o aumento de peso está relacionado com a fragilidade interior, que se compara a uma imaturidade emocional. A pessoa sente-se despreparada para lidar com algumas situações, geralmente na relação familiar ou afetiva, mas pode ser também de ordem profissional ou social.


Assustada com o desenrolar dos fatos, sente-se desamparada. Em vez de enfrentar as dificuldades do ambiente, recorre aos subterfúgios para atenuar suas frustrações.

Um dos mecanismos de fuga mais freqüentes é a alimentação. A pessoa precisa estar sempre mastigando alguma coisa para atenuar o ócio ou extravasar a indignação. Também o prazer do alimento compensa o desconforto da realidade, preenchendo o vazio interior. A compulsão pela comida é uma queixa freqüente nos casos de excesso de peso. Não se consegue comer moderadamente, respeitando os limites alimentares. A comida passa a ser uma obsessão difícil de ser controlada.

Outra forma de compensar é por meio das faculdades mentais. Os obesos são dotados de uma imaginação fértil. Avaliam as situações com muito mais meticulosidade. Destacam-se pela extraordinária criatividade, tornam-se excelentes estrategistas.

A agilidade mental é tão grande, que mesmo sozinhos, começam a fantasiar histórias com outras pessoas ou situações e precisam bolar um plano para saírem vitoriosos de supostas batalhas travadas em sua mente. Ficam tão desgastados só de imaginar as confusões ou dificuldades, que se abstêm das ações diretas.

Enquanto ficam pensando em tudo que precisam fazer, emitem impulsos mentais para o organismo que, em virtude disso, se prepara para exaustivas atividades, armazenando uma série de nutrientes absorvidos na digestão, principalmente as gorduras, que servem de combustível para o corpo na hora de realizar as tarefas planejadas. Como não ocorre a execução, a força de ação é sabotada, provocando um acúmulo de tecidos gordurosos, que vão contribuir para o aumento de peso.

As pessoas que sofrem com o aumento de peso são entusiastas, vivem repletas de expectativas, muitas delas infundadas, criando um universo de sonhos. Geralmente, se distanciam da realidade, mergulhando em suas fantasias. Querem ser mais do que realmente são, no entanto têm dificuldade para concretizar seus anseios.

Quando vão realizar algo, não se comportam de maneira organizada. Tentam fazer várias coisas ao mesmo tempo, comprometendo a efetivação de cada uma delas. Não bastasse essa agitação, ainda se põem a opinar em tudo, assumindo responsabilidades excessivas. Tornam-se displicentes com o que realmente tem a ver com elas. Não possuem a determinação necessária para concluir as tarefas em andamento. Preocupam-se demasiadamente com o andamento de tudo, mas não se dedicam objetivamente na efetivação daquilo que é prioritário. Projetam muito mais do que são capazes de realizar.

Esses indivíduos estão sempre insatisfeitos com os resultados obtidos nas situações ao redor, tanto pela sua própria ineficiência quanto pelas expectativas projetadas sobre os outros. Amargam fracassos familiares ou profissionais, frustrando sua vontade de interagir com o meio.

Alguns se isolam, permanecendo apáticos; outros procuram meios para chamar a atenção das pessoas, com chantagens ou histórias fantásticas. Há também quem aja com estupidez, para exercer certo domínio por meio da persuasão e do medo.

Nada disso, porém, irá preencher a pessoa o suficiente. É um engodo que a distrai, afastando-a de sua realidade interna, que precisa ser reformulada.

Não dependa do destaque alcançado, para sentir-se aceito e conseqüentemente integrado ao meio em que vive. Sinta-se bom o bastante, respeitando as devidas proporções de sua penetração diante daqueles que o cercam. Não cometa exageros. Seja simplesmente você, porque esse é o maior tesouro que se pode alcançar na vida.

( ................... )



O próprio medo de perder as pessoas queridas leva-as a agir de maneira nociva para as relações, ocasionando a temida perda. A felicidade afetiva depende do bom desempenho de cada um na relação. A dificuldade de um reflete-se diretamente na convivência do casal ou da família, interferindo na harmonia do lar.

A excessiva atividade mental das pessoas que sofrem com o aumento de peso provoca ansiedade, que é desenvolvida basicamente pela dificuldade de a pessoa interagir com o vazio do momento, que precede uma ocasião especial. Em vez de preparar-se relaxando, ela se preocupa com o desfecho, deslocando-se para o futuro.

A ansiedade impede que se vivam intensamente as experiências, integrando-se com a realidade presente. Ficar preso ao passado e imaginar como será o amanhã provoca uma intensa atividade mental e, conseqüentemente, grande desgaste de energia em vão.

O excesso de peso revela falta de habilidade para aguardar o momento certo para agir. Temendo insucessos, a pessoa se previne, elaborando uma série de planejamentos para garantir resultados promissores.

Confiança em si próprio e nos processos existenciais é um conteúdo escasso no universo interior das pessoas obesas. Não havendo isso, o corpo proporciona um revestimento de tecido adiposo que oferece uma falsa sensação de proteção e aconchego, que não é reconhecido no meio externo.

Exemplos disso ocorrem quando alguém passa por certos problemas, como ruptura de uma relação afetiva, perda do emprego ou queda financeira, apresentando significativo ganho de peso. Isso significa que a falta de apoio afetivo ou material provoca uma lacuna emocional, que é compensada pelo revestimento de gordura no corpo.

Dedicar-se a reformular as condições interiores que figuram entre as causas metafísicas da obesidade representa um ingrediente fundamental nas dietas e exercícios que visam à redução ou ao controle do peso. Esse trabalho interior compreende, entre outras coisas, sentir-se vitorioso pelo simples fato de existir em meio aos desafios existenciais, considerar a capacidade de superar obstáculos e expressar o potencial.

Não dependa dos bons resultados exteriores para promover a auto-estima e elevar o amor-próprio. Sinta-se bem o suficiente para realizar aquilo que cabe a você, sem depender do apoio ou consideração dos outros. Você é a causa de tudo e, conseqüentemente, o único responsável pela própria felicidade.

Não fique apenas nos planos mentais, traçando estratégias; dedique-se à realização. Procure pôr em prática cada pensamento, manifestando a possibilidade para realizar ou não aquilo que você está pensando. Quando o projeto for totalmente inviável, considere aqueles pensamentos como sonhos fantasiosos, que só consomem energia e distanciam você da realidade; seja objetivo e prático. Desse modo, seu corpo permanecerá em condições saudáveis e bem apresentável, sem que você precise sacrificar-se tanto com regimes e exercícios.

Você merece um corpo saudável e em boas condições; para tanto sinta-se bom o bastante para fazer aquilo que cabe exclusivamente a você. Não dependa dos outros nem de resultados concretos para seu bem maior."
Metafisica da Saúde vol 3

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

SENTIMENTO OU EMOÇÃO?



Geralmente as pessoas confundem emoção com sentimento, ou acham que é a mesma coisa com nomes diferentes. Mas existe uma grande diferença entre o ato de sentir (sentimento) e a reação instintiva (emoção). Olhando assim, até dá a impressão de que a emoção é algo primitivo, do tempo das cavernas, não é? E é mesmo. Na verdade, a única coisa que mudou são as formas de agir, pois as emoções continuam as mesmas, iguais aos dos nossos antepassados. Hoje, não se mata com uma pedra, e sim com armas e bombas, trocamos as cavernas por apartamentos bem decorados, mas continuamos a roubar a mulher do outro, continuamos a comer carne crua, a ter necessidade instintiva de sexo, a ter ódio pelo semelhante, a sentir raiva, inveja, mágoa, ciúmes, preguiça, orgulho, ambição, poder, vontade de destruir, desejo de matar….

Emoção é uma ação instintiva, que passa pela percepção mental em frações de segundos e desencadeia reações orgânicas, que culminam em sensações físicas, como a sensação de raiva que leva ao soco na mesa, o impulso de agredir, que resulta em soco ou pontapé, o medo excessivo de alguma coisa, que pode levar a uma dor de barriga, a vontade de gritar (ou para ofender alguém ou para jogar para a fora aquela carga pesada demais). Preste atenção neste ponto. Carga pesada demais. Toda emoção gera uma carga muito pesada, pois as energias criadas são nos chacras que estão abaixo do chacra cardíaco; são os chacras do instinto.

Sentimento é outra coisa. A primeira diferença é que o sentimento acontece no chacra cardíaco, o chacra que tem absoluta linearidade, que não pára nunca de bater. O sentimento é leve, traz bem-estar e silêncio interior. A emoção traz ansiedade, pressa, impaciência, o sentimento traz a tranqüilidade de permitir-se vivenciar o momento, ainda que o momento seja uma situação difícil. Mas quem está no ‘sentimento’ resolve as coisas com racionalidade, sem perder a delicadeza, o humor, a sensibilidade.

Por exemplo, uma colisão entre dois carros. A pessoa emocional fará um estardalhaço, vai ficar com raiva se for a vítima, vai ofender e agredir o motorista, não vai aceitar as desculpas nem as justificativas do outro etc.

A pessoa sentimental não vai ficar com raiva, nem agredir o motorista, vai analisar a situação com racionalidade, verificar o que é possível fazer, conversar e buscar resolver tudo de forma adequada para ambas as partes. Ele entende que incidentes acontecem e que ele não vai mudar a realidade dos fatos.

Sentimento não tem carga. É uma energia sutil, por isso, quem tem sentimento, tem tempo para pensar; fala sem ansiedade, não se importa de ser ofendido, age com respeito, mesmo que a situação não seja favorável, como o exemplo do incidente citado acima. A pessoa nesse nível está criando linearidade em sua vida, livre dos altos e baixos da emoção.

Em resumo, para elucidar melhor a diferença entre emoção e sentimento: A emoção leva à guerra (Hitler), o sentimento leva à paz (Gandhi).

Por Fátima Alveshttp://www.centrodeestudos.org/sentimento-ou-emocao/