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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Você Sente Solidão em Meio às Pessoas? A Síndrome do Estrangeiro!




Quantas vezes você se sentiu muito só mesmo estando rodeado de pessoas? E eu digo mesmo quando estas pessoas possuem um vínculo familiar ou de amizade com você? Se este sentimento de solidão, mesmo em meio às pessoas, é comum a você, então você possui a Síndrome do Estrangeiro! Esta síndrome traz a sensação de sermos estrangeiros ou estranhos dentro do próprio núcleo familiar, desde pequenos.


É comum, nestes casos, a criança sentir-se até mesmo rejeitada pelos pais e irmãos mais velhos por não conseguir obter compreensão quanto aos seus sentimentos, é quando as pessoas até mesmo dizem assim que estão “falando em grego”, pois um diz uma coisa, o outro entende outra. O que determina esta síndrome é a diferença no grau de evolução ou de consciência das pessoas dentro de uma mesma família, até mesmo.


Apesar daquela frase muito comum que os adolescentes usam muito e que diz “eu não escolhi pra nascer!”, isto é um imenso equívoco! Nós escolhemos nossos pais sim antes do reencarne, lá no mundo astral, no período entrevidas ou intermissivo. Aquele período entre uma encarnação e outra, vividos no plano astral, quando reavaliamos nossos caminhos evolutivos, fazendo um balanço entre os erros e acertos em nossas escolhas humanas e programamos nosso futuro reencarne. E também nossos pais nos escolhem, numa combinação cármica orientada pelos nossos mentores. E você talvez se pergunte: por que, então, escolhemos relações tão difíceis, às vezes, entre nós e nossos pais? Na verdade nós escolhemos o crescimento, o aprendizado e isto dentro de opções possíveis onde também haja aceitação de nossos pais em comum acordo, mas entendam que o sofrimento advindo dos conflitos familiares, aliás, como em qualquer forma de sofrimento dentro das relações humanas, tem origem na falta de sabedoria, na incompreensão da lição a ser aprendida e quando não aprendemos e apreendemos em nós a conquista evolutiva no amadurecimento através das experiências, estes pontos de sofrimento voltam a se apresentar a nós, até que sejam completamente compreendidos.Lição não aprendida volta a se apresentar, carmicamente, até que seja plenamente compreendida!


É Lei! Mas, mesmo buscando a harmonia dentro dos relacionamentos familiares, superando obstáculos e diferenças, a tristeza por sentir-se só, excluído, é muito grande levando muitas vezes a pessoa a desenvolver transtornos emocionais como timidez, ansiedade, medo, pânico e neuroses, resultados da baixíssima autoestima de quem não conhece seu valor, já que todos a sua volta são muito diferentes e tentam impor os seus valores. A grande diferença que se mostra é a ética do indivíduo e do grupo ao seu redor, causando choques constantes. E resta, então, um sentimento de “banzo” que amarga a vida do “estrangeiro”.O banzo era aquele sentimento de melancolia que muitos escravos sentiam pela separação de sua terra natal e de seu povo, de sua antiga realidade em outro continente, onde eram livres e se sentiam parte integrante da sociedade sendo que, depois de escravizados, muitas vezes deixavam de se alimentar, se calavam e até mesmo provocavam o suicídio.


E não é muito diferente com a pessoa que se sente uma estrangeira em meio à própria família e nos meios em que vive, pois muitas vezes a saudades que sente é um reflexo do inconsciente, são saudades de outro lugar e de outra época em que nem mesmo se consegue precisar, pois se referem a um período anterior ao reencarne, o entrevidas. Um período em que se vivia em uma colônia ou cidade espiritual em meio às pessoas do mesmo grupo cármico e, portanto, com o mesmo grau de evolução, de compreensão da vida.


E hoje, ainda criança, já sofre com esta separação de sua “terra natal”, ou seja, do convívio com seres do mesmo grau evolutivo. Por exemplo, é muito difícil para uma pessoa que tem um grau de sensibilidade acima daqueles com quem convive e que é uma pessoa mais altruísta, verdadeira e respeitosa, ter que conviver desde a sua infância com pessoas egoístas, frias, maliciosas e falsas. A mágoa torna-se um sentimento muito presente naquele que é mais sensível e ético, mas que ainda não aprendeu a se dar valor. E aí está a chave desta libertação! A autovalorização! E se é este o seu caso, uma das primeiras coisas que você precisa fazer é buscar a sua “família cármica”, aquele grupo de pessoas com quem realmente você se afinize, que possua valores e sentimentos semelhantes aos seus, para que você conheça uma nova realidade, um novo modo de relacionar-se com os outros e onde você se sinta aceito, respeitado e valorizado. Mas, até mesmo para que isto ocorra, este reencontro entre você e estas pessoas, que pertencem à mesma origem espiritual, e que também estão reencarnadas, você precisa vibrar a sua energia no equilíbrio da sua essência, para que você atraia para si pessoas que te reconheçam espiritualmente e isto vale tanto para amizades, quanto para um ambiente de trabalho e muito especialmente para o amor, pois enquanto você não se equilibra e atua na sua verdade espiritual, você incorre no risco de atrair relacionamentos falsos, com pessoas egoístas, egocêntricas e interesseiras, que não sabem nem mesmo receber o amor que você tem pra oferecer e muito menos doarem amor a qualquer outro que não sejam eles mesmos, repetindo um mesmo padrão cármico desde a infância e reforçando este sentimento de tristeza, pela solidão que parece fazer parte da sua vida toda.

Então, assuma sua individualidade, suas qualidades, sem se vender pela aprovação de quem quer que seja! Não se adapte só para ser agradável, aceito, e assim se deixando manipular e ser usado. O preço pela sua liberdade pode ser alto, mas não seja mais um escravo emocional dos jogos, chantagens, críticas, acusações e menosprezo de que se utilizam pessoas com menor consciência, quando percebem que você é mais sensível e ético, mas nem por isto seja passivo. É possível sim ser pacífico e forte, corajoso, verdadeiro e estabelecer o respeito a você, mas acima de tudo busque conhecer o seu valor e as pessoas que te dêem valor pelo que você é em essência e, assim, você se sentirá novamente amado por si mesmo e pelas pessoas certas, que merecem conviver com você e partilhar seu caminho evolutivo, pois falam a mesma língua, o idioma do amor, do respeito, da troca justa, e da humanidade em cada gesto e olhar!




Por Marcello Cotrim


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