Capacidade de doação
Amamentar é um ato de doação e um gesto de ternura praticados pela mulher. Desenvolve a capacidade de dedicação e desenvolvimento afetivo.
A experiência da maternidade, em especial a amamentação não se restringe na relação com o bebê, estende-se além dos laços mãe e filho; proporciona condições para a mulher superar seus bloqueios que a impedem de integrar-se harmoniosamente com o meio e com as pessoas amadas.
Ë uma oportunidade valiosa para a mulher se resolver afetivamente, transpor os traumas dos relacionamentos passados e resgatar a ternura em suas relações afetivas.
O aleitamento materno no primeiro ano de vida do bebê, além de ser importante para a formação de um organismo saudável, promove fortes vínculos afetivos com a figura materna, fortalecendo as bases emocionais da criança.
Para a mulher que amamenta, não há nenhum transtorno orgânico, e os benefícios emocionais desse gesto contribuem para o aprimoramento afetivo. Ela não deve perder essa preciosa experiência para preservar a liberdade, que não é prejudicada mesmo com a freqüência da amamentação. Além disso, o prazer existente nesses momentos com o bebê é inenarrável; digno até de ser curtido intensamente. Afinal, essa é uma fase relativamente curta frente aos benefícios emocionais para a vida da mulher.
Suspender o aleitamento por banalidades, como a inconveniência por questões estéticas, ou por achar antiquado, resulta num grande prejuízo afetivo para a mulher. Geralmente, o gesto de quem deixa de amamentar prematuramente, no âmbito metafísico, revela a intensidade dos bloqueios afetivos e a dificuldade de entrega e dedicação. Nesse caso, o maior prejuízo da mulher é perder a oportunidade de superar seus bloqueios, deixando-se vencer por eles.
Em muitos casos isso ocorre inconscientemente, ou seja, a mulher não quer parar de amamentar, mas falta-lhe o leite. Isso não tem nada a ver com o gesto opcional, cujas causas foram apresentadas anteriormente.
A falta do leite materno, metafisicamente, reflete a repressão Já natureza feminina, decorrente de traumas nos relacionamentos tanto com a atual família quanto com os pais.
São mulheres muito complicadas nas relações afetivas; carentes e mal-amadas. Solicitam demasiadamente, mas não se dedicam adequadamente a quem amam. Querem que as pessoas ao seu redor façam tudo por elas, atendendo a seus caprichos. Pode-se dizer que são imaturas emocionalmente e mimadas.
É importante que elas desenvolvam a arte de se relacionar, vendo no parceiro, por exemplo, um companheiro na jornada da vida, e não alguém que deva viver em função dela e o único responsável por sua felicidade e realização pessoal.
É importante integrar-se mais aos outros e não ficar esperando que o mundo e as pessoas girem em torno de você ou atendam a seus anseios. É importante viver em comunhão com os outros, e não querer que eles vivam em sua função.
MASTITE
Conflitos durante a dedicação
A mastite é uma inflamação das mamas. Durante as primeiras semanas da amamentação, ocorrem pequenos ferimentos causados pela força da sucção que o bebê faz para se alimentar. Essas pequenas fissuras deixam as mamas vulneráveis à infecção das bactérias que provocam a mastite.
Metafisicamente, a mulher apresenta certa resistência à maternidade. E muito dolorido para ela ser mãe naquele momento da vida. Os transtornos que tem que enfrentar com a chegada do seu filho geram na mulher um sentimento de arrependimento ou desconforto, paralelo ao amor por ele, que existe e também é muito forte. Na verdade, trata-se de um conflito entre o amor pelo filho e as turbulências do seu nascimento.
Para sanar esse conflito, acredite nos mecanismos da vida. Tudo o que lhe acontece é para um bem maior, ainda mais ter um filho. A natureza provê condições para que as necessidades sejam supridas. Para viver, tem sempre um jeito. As soluções aparecem na medida em que são necessárias. Haverá sempre uma opção para resolver qualquer tipo de crise. Acredite, a vida conspira a seu favor, não fique contra ela.
Há, no entanto, mulheres cuja realidade é totalmente favorável ao nascimento do filho. O casal está em harmonia, as condições para receber o bebê são boas. Mesmo assim, são afetadas pela mastite. Dois fatores metafísicos são desencadeadores dessa condição física; um deles é a projeção dos conflitos com sua própria mãe, o outro é a dificuldade de interação com o filho.
Durante o período de amamentação, também pode ocorrer a projeção dos sentimentos de revolta que a mulher alimenta em relação a sua própria mãe. Haja vista estar vivendo a experiência materna, isso favorece a manifestação da indignação pelas situações vivenciadas com sua mãe, que ainda não estão emocionalmente resolvidas.
Esse é o momento oportuno para a mulher que alimenta mágoas da própria mãe perdoar e se libertar desse sentimento nocivo ao seu próprio ser. Talvez, sendo mãe, você possa compreender as dificuldades que sua mãe enfrentava e reconhecer as fraquezas que a levaram a magoá-la tão profundamente. A verdade é que isso está em você e pode ser superado nesse momento. Não vale a pena manter na bagagem afetiva essas mágoas. Despojar-se delas contribuirá significativamente para a sua própria felicidade.
Há uma outra causa metafísica da mastite que ocorre durante a amamentação; consiste no conflito entre a mãe e o filho. É difícil conceber tal situação entre os dois, pois ainda não houve episódios entre eles que justifiquem ou demonstrem existir tal conflito. Mas com o tempo de convivência, quando o bebê crescer, isso se tomará evidente com a difícil relação entre mãe e filho. Obviamente isso ocorrerá quando o filho for adolescente e até adulto.
Nesse caso, convém aproveitar o instinto materno, que gera um intenso vínculo com o filho, para transpor as divergências entre os seres que se encontram juntos para viver lado a lado durante um grande período da vida de cada um.
A mastite também pode ocorrer fora do período da amamentação, por diversas causas; não se trata de uma condição física restrita ao aleitamento. O surgimento de abcessos nas mamas é uma forma de mastite.
Metafisicamente, refere-se a um estado de inconformismo e até irritação por ter se dedicado intensamente a alguém ou a uma causa, e ver seus objetivos fracassados. Após constatar que não adiantou nada ter feito tanto, que foi tudo em vão, a mulher poderá ficar profundamente chateada com o desfecho da relação ou da situação, somatizando no corpo a mastite.
Para reverter esse quadro emocional é importante compreender que na vida nada é em vão, tudo é uma experiência. Você cresceu enquanto se dedicava. Conquistou habilidades, despertou a afetividade e aprimorou sua capacidade de relacionar-se. Caso os resultados esperados não tenham sido alcançados, considere o quanto você ganhou interiormente.
Metafísica da Saúde 2
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muito boa analise!
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